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XploraSub

A sua História

O XploraSub

MERGULHO SOB O GELO  

 

Uma das primeiras atividades da XploraSub consistiu na preparação de procedimentos para mergulho sob o gelo (e em altitude), culminando na sua execução, o que teve lugar na Lagoa Comprida, na Serra da Estrela, no final de Janeiro de 2006. 


Para o efeito foi ministrada formação sobre técnicas de mergulho sob o gelo, e segurança e resgate, e foi elaborado um Caderno de Operações, onde foram registados todos os dados referentes à expedição e que posteriormente continuou a ser atualizado com informação relevante, designadamente a utilização de circuitos-fechados eletrónicos nestas condições. 

 

Desta atividade resultaram ainda um artigo no n.º 10 na revista Planeta d’Água, em Março de 2006, e um workshop por Pedro Ivo, na ExpoSub, realizada no Montijo, em 2008. 

 

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Link para Publicação Mergulho sob o Gelo

Mergulho no Gelo 2006 - Caderno de Operações rev 2008.pdf

FORMAÇÃO EM ESPELEOMERGULHO 

Em Março de 2006 demos início à formação em espeleomergulho a vários membros da XploraSub, o que se iniciou no México, na Península do Iucatão e se prolongou depois a nível nacional no Maciço Calcário Estremenho, incluindo espeleologia a seco. 

 

O treino foi intensivo com múltiplos mergulhos em diferentes condições, simulações a seco e aulas teóricas. 

 

Houve espaço para aprender e trabalhar, entre outros, os princípios básicos da génese das grutas, a afinação do controle de flutuabilidade e do trim, as técnicas específicas de deslocamento, diversas configurações de equipamento, iniciação à topografia subaquática e respostas (essenciais à sobrevivência do mergulhador) a variadas contingências, tais como perda ou corte do fio, mergulhador preso ou perda da iluminação, que por vezes se tornavam cumulativas, nomeadamente quando sucediam em visibilidade zero. 

 

Link para Actividade Formação em Espeleomergulho

TREINO DE MERGULHO DE PROFUNDIDADE 


Em Setembro de 2006 foi levado a cabo treino de mergulho em profundidade com utilização de misturas gasosas com Hélio, com base em Sharm El Sheik, no Mar Vermelho, atividade que teve sequência em Março do ano seguinte. Foram efetuadas sequências de mergulho profundo, tendo sido atingidas profundidades máximas a rondar os 130 metros. 

Mar Vermelho 2016

Mar Vermelho 2017

PROJETO SS DAGO 


Em 2005 foi iniciado o Projeto SS Dago, o qual se viria a prolongar em termos operacionais até 2012.    
A 15 de Março de 1942, o SS Dago, um navio mercante britânico requisitado para o esforço de guerra, foi afundado a 4 milhas a Sudoeste da costa de Peniche por um bombardeiro Focke-Wulf FW 200 Condor alemão. A tripulação acabaria por aportar a Peniche, contando com o auxílio de um salva-vidas motorizado de Peniche. O SS Dago repousa hoje a cerca de 50 metros de profundidade, a escassos 500 metros de outro destroço. 
Estando ao largo, não é um mergulho de facilidade imediata, até pelas boas condições meteorológicas que exige e pela profundidade a que se encontra, a requerer, naturalmente, qualificação, experiência, treino, equipamento e um adequado apoio de superfície. 


Em Agosto de 2007 estavam criadas as condições para que se iniciasse um projeto de investigação em torno do SS Dago. O extinto GEPS – Grupo de Estudos e Pesquisas Subaquáticas procurava uma equipa de mergulhadores com a formação, experiência e interesse para investigar este destroço, enquanto a XploraSub buscava orientação científica, com o mesmo propósito. Com esta colaboração, e com a integração de Armando Ribeiro para o registo fotográfico e de Paulo Costa, autor do primeiro artigo nacional sobre o afundamento, e provavelmente, a primeira pessoa que de forma historiográfica se interessou por ele, e que recolheu um importantíssimo conjunto documental sobre o navio, o projeto arranca, com ações de formação sobre tecnologia do vapor e sobre métodos de registo arqueográfico. O projeto possuía duas componentes fundamentais: a historiográfica e documental, e a no local do destroço, que funcionariam em simultâneo. As imersões prosseguiram com o objetivo de determinar a identidade dos destroços e depois de mapear o destroço que poderia efetivamente corresponder ao SS Dago, medi-lo, conferir a sua orientação e contexto, e, mais importante, recolher medidas de estruturas notáveis do navio para comparação do destroço remanescente com os planos da época da construção do SS Dago, correspondência que se pode hoje garantir com muita segurança. A investigação reconstituiu aquele episódio da segunda guerra mundial e atestou que aquele a que vulgarmente se chama Dago, o é na verdade, mas não conseguiu descortinar a identidade do outro destroço.

Em termos de apoios, a Câmara Municipal de Peniche e a Caixa de Crédito Agrícola apoiaram o projeto entre 2007 e 2010, respetivamente com cerca de 2000€ e 1000€, valor ainda assim muito escasso para os custos logísticos deste projeto (fretes dos operadores, misturas gasosas, alimentação, consumíveis, equipamentos, deslocações, etc.) que estaria no terreno até 2012. 

 

Merecem referência os diversos produtos (artigos, palestras, exposições e prémio) deste projeto: 


Em 2010 foi produzido o folheto Peniche Paraíso do Mergulho - SS Dago, com texto da autoria de Paulo Costa e Jorge Russo e fotografia de Armando Ribeiro. 


Em Janeiro de 2011, na Lusotek 2011, 1ª Luso-Conferência de Mergulho Técnico, Paulo Costa e Jorge Russo deram conta do ponto da situação do Projeto SS Dago, com a palestra SS Dago – Investigação de um Afundamento. 

Foram publicados os artigos: 

Russo, J., 2011, SS Dago. Tech Diving Mag, 2, pages 35-41. 

Russo, J., 2012, SS Dago, Wreck Portugal. Xray Magazine, 49, pages 12-16. 

http://www.xray-mag.com/pdfs/xray49/X-Ray49_72dpi_locked.pdf  

Russo, J., 2012, SS Dago – De destroço a navio - Arqueografia Comparativa, Relatório à DGPC, Lisboa. 

Russo, J., 2012, História da investigação arqueológica em torno do SS Dago. National Geographic-Portugal.  

Em 2012, foi apresentado, por Jorge Russo, nas Jornadas do Mar (Escola Naval) o trabalho SS Dago: Historiografia de um destroço, que é galardoado com Trabalho Premiado (1º Escalão). 


Foi apresentado na Conferência Anual de 2012 da Nautical Archaeology Society (Reino Unido) um poster sobre o SS Dago “From Wreck To Ship”, da autoria de Jorge Russo e com fotografias de Manuel Leotte e Armando Ribeiro. 


Em 2013, teve lugar no Centro Português de Actividades Subaquáticas (CPAS), em Lisboa, a palestra “SS Dago - Historiografia de um Destroço”, por Jorge Russo e Paulo Costa, sobre o projeto de investigação historiográfica em torno do SS Dago. Esta palestra foi acompanhada por uma exposição de um conjunto de artefactos ligados à história do SS Dago e das companhias de navegação que o detiveram. 

O SS Dago viria em Julho de 2013 a ser integrado na lista de navios adoptados, no contexto do programa Adopt a Wreck da Nautical Archaeology Society (Reino Unido). 

http://www.nauticalarchaeologysociety.org/content/adopted-wrecks  

 

Em Novembro de 2013, o SS Dago Wreck foi galardoado com o prémio Adopt a Wreck Award de 2013. Foi na ocasião proferida, por Jorge Russo, uma palestra sobre o SS Dago na Conferência Anual da Nautical Archaeology Society, em Portsmouth. 
https://www.youtube.com/watch?v=h9xZwE9dV98  


Na página oficial da Nautical Archaeology Society, acerca do Adopt a Wreck Award de 2013: “The 2013 award was presented to Jorge Russo, for his teams work on the wreck of the SS Dago. The SS Dago was bombed off Portugal on the 15th March 1942 and now lies in 50m of water.”

 
Comentários do Júri: “This is an excellent project at a difficult depth in open water. The team overcame the problems of identification by survey at such depth by research into obtainable features and dimensions. We especially like the idea of devising and using the special callipers to measure the engine cylinders. The production of a physical scale model of the wreck by the adoptee was an unusual bonus, indicating the amount of effort that the author has undertaken to make project successful. Level of outreach was also very good." 
http://www.nauticalarchaeologysociety.org/content/adopt-wreck-award  


Viria ainda a ser publicado o artigo Russo, J. 2014, SS Dago. International Journal of Nautical Archaeology, Volume 43, Issue 1, pages 192-195. 
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/1095-9270.12042/abstract 

Em Março de 2014 foi aberta ao público no Museu Nacional de Arqueologia a importante exposição “O Tempo Resgatado ao Mar”, onde o SS Dago representou a cronologia contemporânea.  

 

No catálogo desta exposição, publicado pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, foi publicado um artigo sobre o projeto do SS Dago. 

Em 2017 é transmitido pela SIC Notícias, integrado na rubrica Aqui há História, o episódio “À descoberta de Dago, o destroço mais visitado em mergulho de profundidade”, da autoria de Aurélio Faria, com imagem de Jorge Ramalho e João Lúcio.

 

http://sicnoticias.sapo.pt/programas/aquihahistoria/2017-07-27-A-descoberta-de-Dago-o-destroco-mais-visitado-em-mergulho-de-profundidade

A pagina do Facebook do Projeto SS Dago pode ser acedida em 

https://www.facebook.com/dago.wreck

 

 

Link para Actividade Estudo do SS Dago

 

O XPLORASUB - Associação de Estudos Subaquáticos 


O Grupo de Exploração Subaquática (GES) foi fundado em 6 de Julho de 2005 como uma equipa de mergulhadores com um interesse comum em áreas acessíveis mediante mergulho avançado e que reconhecendo a importância de uma evolução contínua se reuniu de modo a obter a massa crítica necessária ao desenvolvimento de projetos, ao acesso a equipamento de alta performance e à partilha de informação e experiência.

O GES, que desde Setembro de 2009 se passou a denominar XploraSub - Grupo de Exploração Subaquática, desenvolveu ou participou em numerosas atividades, incluindo naturalmente as orientadas para uma formação contínua, o que veio a consolidar a operacionalidade do grupo. 

No início de 2017, numa óptica de abertura e serviço à comunidade e do englobamento de outras valências, a XploraSub formaliza-se enquanto associação sem fins lucrativos, adicionando à sua designação “Associação de Estudos Subaquáticos”. Mantém-se como propósito central da atividade da XploraSub a busca do conhecimento e a sua divulgação. 

HISTÓRIA DA XPLORASUB 

 

O historial da XploraSub escreve-se sobretudo através dos projetos que foram executados ou se encontram em curso e dos produtos destes que foram e vão sendo disponibilizados e que a seguir, sucintamente, se enunciam. 

Formação em Espeleomergulho
Projecto Dago
Mergulho de Profundidade
Mergulho em Gelo
Mergulho aos 150m

MERGULHO AOS 150 METROS  


Integrado numa equipa multinacional (5 mergulhadores, 3 elementos em apoio de superfície e um fotógrafo), o mergulhador Manuel Leotte, da XploraSub, no âmbito da formação e treino continuado que vinha a seguir, efetuou em Junho de 2007 um mergulho a 150 metros de profundidade, no Mar Vermelho, entre Shark Observatory e Anemone City. 

 

A preparação havia-se iniciado alguns meses antes com o estudo dos programas descompressivos, das configurações, com mergulhos em piscina e no mar a baixa profundidade, simulações de exercícios de emergência, adaptações da configuração e um aumento progressivo da profundidade. 


2 mergulhadores de apoio estavam colocados aos 60 metros e aos 100 metros, que ascenderam depois com os 3 mergulhadores de fundo. Neste mergulho Manuel Leotte utilizou 5 garrafas com 4 misturas gasosas diferentes (Tx8/65, Tx15/45, Tx32/15 e EANx72) concebidas para as profundidades de utilização, respetivamente dos 150 aos 78m, entre os 78 e os 36m, daí até aos 12m, e dos 12m à superfície. Foram tidas em consideração a pressão parcial do oxigénio, a narcose do azoto e a contra-difusão isobárica. 

Um artigo sobre este mergulho seria publicado na revista Planeta d’Água n.º 4 (Julho -Agosto de 2007).  

 

Link para Publicação 150 metros

JOLANDA 160 PROJECT 


No final de Abril de 2007, Manuel Leotte integrou uma equipa de apoio à mergulhadora Janina Preisner, que iria tentar filmar uma secção do destroço do Jolanda, localizada a 160 metros de profundidade, em Ras Mohammed, no extremo sul do Sinai, numa zona propensa a fortes correntes. 

 

Manuel, que fez o seu mergulho em circuito-fechado (Closed Circuit Rebreather), teria como função garantir a cobertura fotográfica de parte da descida e da subida, entre os 50m e a superfície.  

Após uma primeira tentativa gorada, dado que as filmagens tinham ficado muito escuras e pouco nítidas e a zona do naufrágio não era a correta, uma repetição ficou desde logo agendada para daí a 3 dias.

 
Na segunda tentativa tudo correu sem percalços. Após uma descida rápida foi encontrada uma secção da proa do navio aos 159,8 metros e foram realizadas filmagens com muito melhor qualidade. Adicionalmente tinha sido batido o Recorde do Mundo Feminino em Naufrágio, suplantando o anterior recorde de Adina Ochert, de 144 metros. 


Um artigo sobre este mergulho seria publicado na revista Planeta d’Água n.º 5 (Setembro-Outubro de 2007) e uma palestra seria proferida, por Manuel Leotte, na ExpoSub (Montijo, 2008). 

 

Link para Publicação Jolanda 160 Project

 

OLHO DA GROTA 


O Olho da Grota, em Portunhos, Cantanhede, é uma exsurgência perene cuja exploração episódica data desde os anos 60, com reincidências em 1983 e 2005. Em 2010 o Núcleo de Espeleologia da Universidade de Aveiro decidiu retomar a exploração desta cavidade onde, a seu convite, a XploraSub participou ocasionalmente. 


As características da galeria (conduta forçada de secção reduzida, grande quantidade de sedimento, caudal frequentemente forte, ausência de pontos naturais para fixação do fio), onde o mergulhador está invariavelmente sujeito a um regresso em visibilidade zero, com uma elevada probabilidade de ficar preso no fio ou de danificar a equipagem, aconselharam ao mergulho a solo e à configuração em side-mount. 

 

http://www.neua.org/index.php/actividades/20-espeleo-mergulho/84-olho-da-grota-portunhos-2011 

 

http://www.neua.org/index.php/actividades/20-espeleo-mergulho/79-gruta-de-portunhos-
historico-das-exploracoes 

Link para Actividade Olho da Grota

ALGAR DAS MORENAS, ALANDROAL   


O Algar das Morenas localiza-se na Vila do Alandroal, no extremo sudeste do sistema aquífero Estremoz-Cano e possui uma profundidade total de 76,5 metros. 


Resultados anteriores da exploração desta gruta resumiam-se a um relatório sucinto de uma equipa francesa que havia aí realizado uma exploração em 1983, sem ter chegado contudo ao fundo, e tendo deixado um esboço rudimentar.  


A fim de estudar o Algar na sua globalidade e de forma exaustiva um coletivo XploraSub/AESDA – Associação de Estudos Subterrâneos e Defesa do Ambiente iniciou, em Agosto de 2008, os trabalhos exploratórios e de registo, tendo sido confirmados os estudos geológicos existentes, quer na orientação planimétrica, inclinação da falha, quer ao nível da litologia, definida a sua espeleo-génese, executada a sua topografia e captadas imagens subaquáticas. 

Sendo um dos locais de captação de água do Concelho do Alandroal o Algar das Morenas integra, no seu troço superior, algumas escadas metálicas e plataformas de betão, hoje em desuso. Não estando a parte mais funda do algar equipada com quaisquer estruturas e atendendo a que em 2008 o nível da água se encontrava 19 metros abaixo do de 1983, foi necessário conceber soluções técnicas que permitissem vencer as dificuldades apreciáveis no acesso à água, de modo a dar início a exploração subaquática. 

As alterações do nível da água ao longo do projeto obrigaram a contínua adaptação às circunstâncias, o que exigiu uma logística significativa e o apoio de uma larga equipa a seco. Foram primeiro instaladas equipagens de segurança, depois construída uma plataforma flutuante e finalmente instalado um sistema constituído por cabos e desmultiplicadores de peso, palin, progressivamente aperfeiçoado, que permitisse ao apoio de superfície descer e içar os mergulhadores. Em simultâneo foi necessário adequar os procedimentos operacionais dos mergulhadores, quer quanto à sua equipagem, quer quanto à sua chegada à água. 

 

Na exploração subaquática observou-se uma galeria ampla, visualmente muito bonita, com três câmaras separadas por cristas bastante protuberantes, que pendem do teto, com as paredes lisas, freáveis e cobertas de argila, podendo qualquer progressão resultar facilmente num cenário de visibilidade reduzida ou inexistente. O fundo (máximo de 45 metros de profundidade) encontrava-se coberto por uma camada de sedimento, que se estimou em cerca de 30 cm, que, se perturbado, fácil e significativamente degradava a visibilidade. Sendo a 
navegação simples em condições de visibilidade normais, já o mesmo não se aplica quando em visibilidade zero. Atendendo a estas condições e percebendo-se a escassez e a fragilidade dos pontos de amarração, tornou-se óbvio que não se poderia forçar o fio guia, sob pena de afetar a segurança.

Foram captadas imagens subaquáticas (fotografia e vídeo) mas, dadas as características peculiares deste algar, a sua qualidade tem limitações.  

 

A exploração subaquática do Algar das Morenas ficou assim marcada por três condicionantes: a grande quantidade de sedimento e a rapidez com que a água turva para visibilidades próximas do zero assim que os mergulhadores iniciam a imersão, tornando improdutivos quaisquer mergulhos mais longos ou imersões em dias seguidos; a fragilidade dos escassos pontos de amarração do fio-guia impedindo a normal instalação de equipagem de segurança e dificultando a recolha de dados topométricos; e a dificuldade dos mergulhadores em aceder à água, acrescida das variações do nível de água, o que obrigou a uma logística associada complexa e à disponibilidade de recursos humanos suficientes para a descida e subida dos mergulhadores e da significativa quantidade de equipamento. 

As atividades desenrolaram-se até ao momento com a participação de 31 espeleólogos, dos quais apenas 6 mergulharam. Foram ocupados 23 dias e realizadas 25 imersões. 

 

Serão ainda necessárias imersões adicionais para retirar a estrutura da plataforma flutuante (que se encontra submersa) e restante equipamento, e para verificar a possibilidade de continuação da exploração através do pequeno poço detetado no fundo do algar. 


Uma palestra sobre as “Explorações Subterrâneas e Subaquáticas nos Algares do Alandroal” foi proferida, por Rui Luís, em Fevereiro de 2012, no Centro Português de Actividades Subaquáticas (CPAS), em Lisboa. 

Um artigo circunstanciado foi publicado na revista Trogle n.º 6 (Setembro de 2014) – Explorações Subterrâneas e Subaquáticas no Algar das Morenas – Alandroal, Luís, R.F. (AESDA); Mergulho, R.F. (AESDA); Arriegas, P.I. (XploraSub) & Regala, R. T. (AESDA). 


http://www.aesda.org/wp-content/uploads/2014/09/trogle6.compressed.pdf  

Algares do Alandroal

Explorações Subterrâneas e Subaquáticas no Algar das Morenas - Alandroal

Exploração do Algar das Morenas, no Alandroal, em Maio de 2013. Belas imagens da deposição dos mergulhadores e desta gruta tão original. Imagens subaquáticas e montagem por Armando Ribeiro. Imagens à superfície por Fátima Carvalho e Frederico Tatá Regala.

Exploração do Algar das Morenas, no Alandroal, em Maio de 2013.

Jolanda 160 Project
Olho da Grota
Alandroal
Projecto Almonda

PROJECTO ALMONDA 


A nascente do Rio Almonda (ou Olho do Moinho da Fonte) localiza-se no sopé da Serra de Aire, a sudeste, local onde surge à luz do dia a rede hidrológica subterrânea do mais extenso sistema cársico nacional, a Gruta do Almonda. 

 

Desde há cerca de 80 anos que se faz a exploração deste sistema, que devido à sua complexidade e dimensão, com um desenvolvimento superior a 10 km, está por completar. 
Merecem relevo as explorações lideradas nos anos 80 pelos espeleólogos Neves e Thomas com o auxílio de diversas associações, que aumentaram de modo muito significativo o conhecimento do sistema, incluindo em áreas submersas. 

 

Foram também descobertas nesta gruta várias jazidas arqueológicas (do Paleolítico Inferior à época romana), que são estudadas desde 1987. Em termos arqueológicos, e de acordo com o arqueólogo João Zilhão, estamos perante um sistema de jazidas com poucos paralelos a nível mundial, com representação de todas as etapas da pré-história.  


Em 1993 a gruta é classificada como Património Arqueológico (Imóvel de Interesse Público). 

 

No mergulho em gruta, para além das habituais implicações do mergulho com gases comprimidos, tais como a gestão da descompressão ou as intoxicações gasosas, há que considerar ainda a baixa visibilidade ou a sua ausência, um elevado risco de desorientação, a existência de restrições e a impossibilidade do acesso direto à superfície. Uma gruta 
subaquática é decerto um ambiente hostil, somente adequado a espeleomergulhadores certificados.

Em 2007 elementos das associações XploraSub, NEUA e SAGA reiniciam de forma mais sistemática a equipagem da zona submersa da gruta e a topografia subaquática. 

Exploração das galerias submersas da gruta do Almonda

Ao penetrarmos em mergulho no sistema, após a entrada bastante estreita, deparamo-nos com um labirinto subterrâneo, onde se sobrepõem vários níveis de galerias, que apresentam por si só múltiplas variantes. Ultrapassado este deparamo-nos com um lago subterrâneo, A Cisterna, após o que as galerias se tornam mais definidas, com maior dimensão e profundidade.

 

Entre 2008 e 2010 elementos da XploraSub e do NEUA procederam a um trabalho regular, primeiro na zona do labirinto e depois noutras áreas submersas. É reequipada a gruta com fio-guia e sinalização para navegação, iniciada a marcação sistemática das galerias e melhorada a informação topográfica. Corrigem-se erros, mapeiam-se algumas galerias secundárias e enriquece-se o desenho através da adição de pormenores. 


Estes trabalhos constituem o embrião do Projeto Almonda, que se inicia em 2011, quando é decidido estruturar a exploração da zona subaquática assente numa parceria entre a XploraSub e o NEUA, mas contando também com outros elementos, a título individual ou de outras associações. 

Neste ano é organizada uma campanha de espeleomergulho, que conta com o apoio da Renova e do centro de enchimentos do CPAS (gerido por Forte-Faria), e que lança as bases da exploração regular das áreas subaquáticas. É atingida a zona mais profunda da Galeria do Norte, com 78 m de profundidade, localizada a 350 m de distância da entrada. Não são encontradas zonas inexploradas significantes para o desenvolvimento do sistema, mas é feita a exploração de diversas ramificações de galerias principais que se supõe nunca terem sido visitadas.

 

A reportagem “Expedição subaquática à gruta do Almonda terminou esta segunda-feira”no canal televisivo SIC, de autoria da jornalista Carla Castelo, com imagem de Hugo Neves, sobre a Campanha do Almonda, foi transmitida em Junho de 2011. 

Expedição à Gruta do Almonda 2011
 

O relatório final da Campanha de 2011 do Projecto Almonda e seus anexos (emergência, gestão, media e apoios, operacionalidade, risco, segurança, pós-campanha), incluindo caderno de operações estão disponíveis em:

 

Projecto Almonda Relatório da Campanha de 2011 

Após esta campanha perspetiva-se a necessidade de topografar determinadas áreas acessórias profundas, localizadas no final da Galeria do Norte, e que será preciso adotar configurações de equipamento com menor volume, capazes de ultrapassar restrições na Galeria do Oeste. Estima-se também que, oportunamente, o trabalho venha a ser alargado a áreas a seco.

 

Uma palestra sobre o Projecto Almonda foi proferida, por Miguel Lopes e Pedro Ivo, no Centro Português de Actividades Subaquáticas (CPAS), em Lisboa (Fevereiro de 2012).

Em 2012 realiza-se uma segunda campanha, com uma maior duração e que lucra substancialmente com a experiência obtida no ano anterior, e de novo com o apoio da Renova e de Jorge Forte-Faria. Estando sobretudo orientada para a obtenção de dados topográficos, dá-se um aumento significativo das galerias submersas topografadas. São topografados 162m da Galeria do Oeste, situando-se a frente de trabalho a 372 m de distância da entrada.

 

O relatório final da Campanha de2012 do Projecto Almonda e seus anexos (gestão, media, operacionalidade e pós-campanha), incluindo caderno de operações, estão disponíveis em: 


Projecto Almonda - Relatório da Campanha de 2012

Em 2013 o Projeto Almonda passa a ser sustentado numa parceria entre a XploraSub e a AESDA. Neste ano são efetuados 28 mergulhos, com uma duração média superior a duas horas e uma média de profundidades máximas de 41 m. É conseguido um bom avanço na topografia de diversas galerias e outras são assinaladas para futura verificação. Procede-se também ao melhoramento da equipagem submersa, de modo a torná-la mais resistente ao fluxo da água no Inverno e à abrasão, elevando por conseguinte o nível de segurança. Na Galeria do Norte é instalado cabo de aço até aos -66m, o que contudo obriga a refazer alguns troços da topografia.

O relatório consolidado das atividades de 2013 do Projecto Almonda está disponível em 

 

Projecto Almonda - Actividades em 2013 

Já em 2014, e apesar das chuvas precoces, são executadas 18 imersões, com uma duração média de quase duas horas e meia, com uma média de profundidades máximas de 30m. Dá-se início aos trabalhos na zona a seco, o que permite aferir a topografia subaquática e avançar para uma compreensão global do sistema. São assinaladas em imersão diversas passagens subterrâneas da área submersa para a área seca, sendo então conseguida a sua ligação à topografia a seco entretanto elaborada. A entrada submersa da gruta é também referenciada geograficamente. Continua a ser reparada e melhorada a equipagem, com a substituição de parte do fio-guia desgastado e de etiquetas já ilegíveis.  

 

Com a ligação entre a topografia a seco e a submersa foi possível confirmar a posição real da gruta submersa e a seco e estabelecer comparações com publicações anteriores. 


Uma palestra sobre o Projeto Almonda foi proferida por Pedro Ivo na ocasião do lançamento do n.º 6 da Revista Trogle, no Carsoscópio, Olhos de Água do Alviela (Setembro de 2014). 

O relatório consolidado das atividades de 2014 do Projecto Almonda está disponível em: 
Projecto Almonda - Actividades em 2014


Um artigo sobre o Projeto Almonda, da autoria de Pedro Ivo, foi publicado na Revista de Marinha (Maio de 2015).  

 

Em  2015  são  feitos  22  mergulhos,  com  uma  duração  média  de  quase  duas  horas  e  uma profundidade máxima média cerca dos -38m.  
É prosseguido o trabalho a seco, a fim de aferir a topografia subaquática e de a referenciar ao exterior, avançando-se também na compreensão global do sistema.  
Procede-se à reparação, revisão e correcção da equipagem (fio, fracionamentos e etiquetas) em diversas galerias. É conferida, revista ou executada topometria da Galeria A e executa-se a topografia  em  planta  à  escala  1/100,  de  um  importante  troço  desta  galeria.  São  captadas imagens subaquáticas (fotografia). 
Na exploração a seco, são ultrapassados os dois sifões da Galeria do Oeste e é prosseguida a exploração a seco dessas mesmas galerias.  


Em 2015 são registados: 

  • A seco: 

Desenvolvimento de 323m, com um desnível de 27m (+19m a -7m). 
62 estações, com 0% de erro (sem loops). 

 

  • Subaquático: 

Desenvolvimento de 916m, com um desnível de 78m (0 a -78m). 
277 estações, com 4.52% de erro. 

  • Conjunto seco e subaquático após revisão: 

Desenvolvimento de 1264m, com um desnível de 97m (+19 a -78m). 
348 estações, com 3.68% de erro. 

Entre a entrada da gruta e o cruzamento para a Galeria W registam-se 209.29m.

Entre o cruzamento para a Galeria W e o final da Galeria A registam-se 139.81m. 
Entre  o  cruzamento  para  a  Galeria  W  e  a  ponta  de  exploração  na  Galeria  W  registam-se 162.65m. 
Com a ligação topográfica seco/subaquático é obtida uma redução do erro de 4.72% para 3.77%, posteriormente reduzido para 3.68%. É também introduzida na topometria a Galeria P com dados de 2014. 

 

É apresentada no 6º Congresso Nacional de Espeleologia (Outubro de 2015) a comunicação “Explorações Subaquáticas no Olho do Moinho da Fonte – Gruta do Almonda”, da autoria de Rui Luís e Pedro Ivo, incluída no Livro de Actas e Resumos, editado pela Federação Portuguesa de Espeleologia.

Explorações Subaquáticas no Olho do Moinho da Fonte – Gruta do Almonda

O relatório consolidado das atividades de 2015 do Projecto Almonda está disponível em 

Projecto Almonda - Actividades em 2015

Em  2016  são  realizados  21  mergulhos,  com  uma  duração  média  de  135  minutos  e  uma profundidade máxima média de mais de 43m. 
São desenhadas sobre topometria à escala 1/100 inúmeras galerias. É ainda reparado fio nas galerias A (Norte) e W (Oeste) até à estação W49 e ainda se efectuam filmagens em diversos mergulhos.  
 
A continuação dos trabalhos permitiu prosseguir a topometria e a topografia noutras galerias, estender o cabo de aço entre os -66m (A68) e os -78m, final da Galeria A, estabelecer outras ligações com áreas a seco, e avançar o trabalho na área da gruta a seco.

 

O relatório consolidado das atividades de 2016 do Projecto Almonda está disponível em 

Projecto Almonda - Relatório Consolidado 2016

 

Em Maio de 2018 é publicado o n.º 7 da revista Trogle, onde é publicada a topografia resultante do trabalho dos últimos anos, no artigo “Explorações Subaquáticas no Olho do Moinho da Fonte – Gruta do Almonda – actualização”, por Rui Luís e Pedro Ivo Arriegas.

Publicação - Trogle 7

Trogle7-capa.jpg

No evento do lançamento da revista, Rui Luís profere uma apresentação sobre o Projecto Almonda.

 

O relatório consolidado das atividades de 2017 do Projecto Almonda está disponível em: 

Projecto Almonda - Relatório Consolidado 2017

Em Dezembro de 2018 Armando Ribeiro e Rui Luís são oradores na Eurotek 2018 – Advanced Diving Conference, com uma comunicação sobre a exploração subaquática de grutas em Portugal, onde incluem a gruta do Almonda. 
https://eurotek.uk.com
https://eurotek.uk.com/ruiluis
https://eurotek.uk.com/armandoribeiro
https://eurotek.uk.com/cavedivinginportugal


Imagens raras da Galeria W (ou do Oeste), por Armando Ribeiro.
Projecto Almonda, Julho de 2018

 

Durante o Verão de 2020 são efectuadas imersões para restaurar diversas seções do fio-guia.
 

Projecto U-35

PROJETO U-35


Desde 2014 mergulhadores da XploraSub têm integrado campanhas deste projeto do CINAV (Centro de Investigação Naval), a convite dos seus coordenadores Augusto Salgado e Jorge Russo. Este projeto estuda o episódio da Grande Guerra que decorreu a 24 de Abril de 1917, em que o submarino U-35 da Marinha Imperial Alemã, comandado pelo "Ás dos Ases" Lothar von Arnauld de la Perière, afundou 4 navios ao largo de Sagres e Lagos. 


Em Novembro de 2014 foi mergulhado e estudado o destroço do SS Torvore, um cargueiro a vapor de pavilhão norueguês, ao largo de Sagres, que se encontra entre os 24 e os 30 metros de profundidade, e o destroço do SS Nordsøen, cargueiro a vapor, de pavilhão dinamarquês, ao largo de Sagres, na zona designada Ponta dos Caminhos, a cerca de 18 metros de profundidade.  

Já em Outubro de 2015 teve lugar uma nova campanha dedicada ao estudo do destroço do SS Vilhelm Kragg, um cargueiro norueguês, que se encontra ao largo da Luz, Lagos, a cerca de 36 metros de profundidade. 

Projeto U-35 http://projectu35.wix.com/projectu35

 
Este projeto foi galardoado com o Adopt a Wreck Award de 2015, da Nautical Archaeology Society, prémio recebido pelos coordenadores do projeto Augusto Salgado e Jorge Russo, na Conferência Anual da NAS, em Portsmouth, Reino Unido. 


Na página oficial da Nautical Archaeology Society, acerca do Adopt a Wreck Award de 2015, com que o Projeto U-35 foi galardoado, pode ler-se:  

“Portuguese Navy Research Centre for their U-35 Project: April, 24th 1917, the Imperial German submarine U-35, commanded by the "Ace of aces" Lothar von Arnauld de la Perière, sank 4 ships off Sagres and Lagos, Algarve, South Portugal. This is a Great War episode not mentioned in the history books, that brought the war to continental Portugal, away from the classic view of the Belgium trenches and African territories. Project U-35 is researching into the history of the episode, detecting the multicultural and multinational footprint, and, identifying the wrecks alleged to correspond to the ships sank by the U-35 that day.”

http://www.nauticalarchaeologysociety.org/content/adopt-wreck-award

 

Nas atas da Conferência Científica pela Ocasião do Centenário da Primeira Guerra Mundial (Bruges, Bélgica, Junho de 2014) foi publicada a palestra, da autoria de Augusto Salgado e Jorge Russo, “The History and Underwater Archaeology of World War I: The Case of the Operations of U-35 off the Coast of Algarve, Portugal”.

 

Em 2014 foi publicado o artigo “Correlação Destroço-Navio num dos navios afundados pelo U-35 no Algarve em 1917 - Ensaio de uma metodologia”, da autoria de Jorge Russo e Augusto Salgado. https://nalinhadopatrimonio.wordpress.com/2014/11/12/correlacao-destroco-navio-num-dos-navios-afundados-pelo-u-35-no-algarve-em-1917/

 

Em 2015 foi disponibilizado o documento “Projeto U-35 (CINAV). Relatório dos trabalhos de 2014”, da autoria de Augusto Salgado et al..

http://projectu35.wixsite.com/projectu35/campanhafield-season-2014

Em 2017 é evocado, na Vila do Bispo, o episódio de 24 de Abril de 1917 em que o submarino da marinha de guerra imperial alemã U-35 leva ao afundamento de quatro navios mercantes. 
Um século depois os destroços destas embarcações, estão agora protegidos ao abrigo da Convenção de Protecção do Património Cultural Subaquático da UNESCO.

http://www.cm-viladobispo.pt/pt/noticias/2501/evocacao-das-operacoes-do-submarino-u-35-ao-largo-de-
sagres-1917-%E2%80%93-2017.aspx
 

O município de Vila do Bispo vence o “Prémio Município do Ano 2017”, a nível regional, com o projeto “Evocação das Operações do U35 em Sagres (1917-2017)”.  
https://www.facebook.com/municipioviladobispo/posts/752929368165145 

 

Neste ano é também publicada a monografia “Ações do U-35 no Algarve - 24 de Abril de 1917" 
da autoria de António José Telo, Augusto Alves Salgado e Jorge Russo. 
http://projectu35.wixsite.com/projectu35/publicaespublications

 

Ainda em 2017 é transmitido pela SIC Notícias, integrado na rubrica Aqui há História, o 
episódio “O que resta do submarino alemão U-35?”, da autoria de Aurélio Faria e Amélia 
Moura Ramos, com imagem de Jorge Ramalho e João Lúcio. 

http://sicnoticias.sapo.pt/programas/aquihahistoria/2017-07-13-O-que-resta-do-submarino-
alemao-U-35-
 

PROJECTO OLHOS DE ÁGUA DO ALVIELA 

A nascente do Alviela é uma nascente cársica permanente, a maior do país, alimentada pelo Planalto de Santo António.  


Situa-se a Este de Alcanena no contacto cavalgante do Maciço Calcário Estremenho sobre a Bacia Terciária do Baixo Tejo, no extremo Oeste do triângulo Alviela, Almonda e Polje de Minde. 

 

Em 2017, após a aprovação do plano de trabalho, em parceria com a AESDA, pelo Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, tiveram início formal as actividades de espeleomergulho destinadas ao estudo da nascente dos Olhos de Água do Alviela. 

Em Maio de 2018 é publicado o n.º 7 da revista Trogle, onde consta uma nota sobre o progresso alcançado durante 2017 na exploração dos Olhos de Águas do Alviela, referindo a ligação, através de uma passagem de 50 m à profundidade de -134 metros, entre os sectores Este e Oeste desta cavidade subaquática.

 
No evento do lançamento da revista, Armando Ribeiro fez uma apresentação sobre o projecto, onde integrou uma filmagem de sua autoria da descida à máxima profundidade registada. 

Video - XploraSub Alviela 2017

Foto: Armando Ribeiro

Em Setembro de 2018 num novo colector subaquático, encontrado a cerca de 1000 metros da nascente, é ultrapassada a profundidade máxima conhecida, sendo atingidos os 140 metros pelos mergulhadores Armando Ribeiro e Rui Luís do colectivo XploraSub/AESDA. 


O relatório consolidado das atividades de 2017 do Projecto Olhos de Água do Alviela está disponível em:

 

Projecto Alviela - Relatório Consolidado 2017 

Em Dezembro de 2018 Armando Ribeiro e Rui Luís são oradores na Eurotek 2018 – Advanced Diving Conference, com uma comunicação sobre a exploração subaquática de grutas em Portugal, onde incluem a gruta do Alviela. 

https://eurotek.uk.com/
https://eurotek.uk.com/ruiluis/
https://eurotek.uk.com/armandoribeiro/
https://eurotek.uk.com/cavedivinginportugal/

 

Em Maio de 2019 Armando Ribeiro e Pedro Ivo, no âmbito das comemorações dos 40 anos do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC), em Rio Maior, proferem uma palestra intitulada “Gruta da Nascente do Alviela (desafios técnicos e tecnológicos na exploração da mais importante nascente cársica portuguesa)” e é inaugurada a exposição de fotografia de Armando Ribeiro, subordinada ao projeto Alviela na sede do PNSAC, Rio Maior.
 

Em Maio de 2019, Armando Ribeiro profere a palestra “Exploração Subaquática da Nascente dos Olhos de Água”, durante a 3ª edição do evento ObservaCarso, organizada no Alviela pela Câmara Municipal de Alcanena. 

Também em Maio de 2019 é disponibilizado o relatório consolidado das atividades de 2018 do Projecto Olhos de Água do Alviela em https://xplorasub.wixsite.com/xspt/single-post/2019/06/02/Projecto-Alviela---Relat%C3%B3rio-Consolidado-2018 .

Ainda em Maio de 2019 são instalados dois sinos de descompressão na galeria subaquática principal da nascente do rio Alviela.

 

Em Julho e em Setembro de 2019, no âmbito da progressão da exploração no Projecto da nascente do Alviela, o mergulhador Armando Ribeiro, da XploraSub, ultrapassa primeiro a profundidade de 150 metros, depois 170 metros e posteriormente 190 metros!

Em Novembro de 2019, no 7.º Congresso Nacional de Espeleologia é apresentada a palestra “Alviela, a Exploração às Profundezas”, por Rui Luís, Armando Ribeiro e Pedro Ivo Arriegas. Nas actas do referido Congresso é incluída a comunicação correspondente “Explorações subaquáticas nos olhos de água da nascente do Alviela”. https://xplorasub.wixsite.com/xspt/post/2019/12/11/7%C2%BA-congresso-de-espeleologia-alviela
 

No início de Dezembro de 2019 é lançada a publicação comemorativa dos 40 anos da criação do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, que inclui o artigo “Desafios técnicos e tecnológicos na exploração da nascente do Alviela” da autoria de Armando Ribeiro, Pedro Ivo Arriegas e Rui Luís. 
Desafios técnicos e tecnológicos na exploração da nascente do Alviela.

foto_Alviela_hist_2.jpg

Foto: Rui Mergulho

No final de Dezembro de 2019 é apresentada no Jornal da Noite da estação de televisão SIC uma reportagem especial, da autoria de Aurélio Faria e Rafael Homem, intitulada “Mergulho no Alviela”.

SIC - Mergulho no Alviela - Reportagem Especial

Durante 2020 são recolocados os sinos descompressão e prossegue a instalação de fio novo em áreas onde este se partiu. 

Em Agosto é produzido o relatório consolidado referente às actividades do Projecto Olhos de Água do Alviela desenvolvidas durante 2019. 

Projecto Alviela - Relatório Consolidado 2019

Em Setembro os mergulhadores Armando Ribeiro e José Mário Ventura, da XploraSub, colocam de novo fio até à profundidade de 190 metros. Neste mergulho José Ventura sofre um acidente, cujos sintomas apontam para um acidente descompressivo ao nível do ouvido interno. O seu mergulho dura mais de 9 horas. A capacidade de toda a equipa (na água e em terra), os meios de segurança implementados (nomeadamente os sinos de descompressão) e a experiência do próprio, tornam possível trazer o mergulhador à superfície e o sucesso do salvamento. O José é conduzido à câmara hiperbárica. Joana De Capitani é de importância primordial neste encaminhamento e na rapidez com que se dá. Este evento traumático leva a reflectir no que podemos ainda melhorar em termos de segurança, com medidas reforçadas, que são de imediato implementadas.

Em Outubro, o mergulhador do XploraSub Armando Ribeiro, com o devido apoio subaquático e de superfície, vai ainda mais fundo, equipando com fio-guia cerca de 80 metros de galeria para além da marca anterior de 190 metros de profundidade e atingindo os 205 metros, a cerca de 1,2 km da superfície.

Ainda em Outubro, no âmbito da exploração das galerias subaquáticas da gruta da nascente do rio Alviela, o mergulhador do XploraSub Armando Ribeiro, com o devido apoio subaquático e de superfície, ultrapassa a distância alcançada no mergulho anterior e atinge os 215 metros de profundidade. 
Este mergulho é alvo de uma reportagem especial no Jornal da Noite da estação de televisão SIC, da autoria de Aurélio Faria e João Ramalho, intitulada “Alviela, Profundidade Máxima”. 
 

SIC - Mergulho no Alviela - Reportagem Especial 2020

https://sicnoticias.pt/programas/reportagemespecial/2020-10-24-Alviela-profundidade-maxima

A National Geographic Portugal publica na sua página do Facebook o álbum: Recorde na exploração aquática de grutas em Portugal.

https://www.facebook.com/NatGeoPortugal/photos/a.10158770232194420/10158770236329420/

NASCENTE DA RIBEIRA DA PENA - POIO, COMPLEXO CÁRSICO DE MOINHOS VELHOS 

A nascente da Ribeira da Pena, conhecida como a gruta da Pena para os espeleo-mergulhadores e Poio para os espeleólogos, pertence ao complexo cársico das grutas de Mira D´Aire. Localiza-se no concelho de Porto de Mós, em pleno polje de Minde. 


A Gruta dos Moinhos Velhos (juntamente com a Gruta da Pena e a Gruta da Contenda), integra uma grande rede de galerias com mais de 11 km de extensão, constituindo um dos mais importantes sistemas subterrâneos do Maciço Calcário Estremenho. Caracteriza-se pela existência de dois coletores, com afluentes desenhando uma rede dendrítica e um conjunto de galerias a norte e angulado a sul. A zona fóssil tem um desnível de 100 metros e a espessura da zona intermédia varia entre os 80 metros a montante e os 60 metros a jusante, circulando a água por galerias singenéticas, do quadrante norte para o quadrante sul, em direção à exsurgência da Gruta da Pena. 

 

Para a XploraSub esta cavidade é centro de treinos e formação em espeleomergulho. De fácil acesso e baixa dificuldade, possui todas as características para iniciar a formação em espeleomergulho e treinar ao longo do inverno (exsurgência temporária). 

 

 

De uma beleza rara, também é foco da prática e aperfeiçoamento das técnicas subaquáticas de fotografia, tão necessárias para registar outros projetos em que a XploraSub se encontra envolvido. 

LUSOTEK’ 2018 - 3ª LUSO-CONFERÊNCIA DE MERGULHO TÉCNICO

A 12 e 13 de Maio teve lugar a LusoTek’ 2018, a 3ª Luso Conferência de Mergulho Técnico, que decorreu no Centro Cultural de Carnide, estando a organização a cargo do Casco Antíguo, PhotoGuerra, Aquanautas, XploraSub e da Junta de Freguesia de Carnide. 

Podemos definir o mergulho técnico como uma especialização do mergulho autónomo, usando técnicas, procedimentos e equipamentos especializados, para ultrapassar em segurança os limites de profundidade e tempo do mergulho recreativo, e podendo constituir-se com uma ferramenta em projectos científicos, de âmbito cultural ou ambiental, caso da arqueologia, espeleologia, biologia ou fisiologia.

Os objectivos eram a divulgação de iniciativas, actividades e projectos envolvendo mergulhadores técnicos, o intercâmbio de experiências, metodologias, resultados e lições aprendidas pela comunidade de mergulho técnico e a disseminação entre os mergulhadores recreativo e o público em geral. A entrada era gratuita, tendo estado presentes 72 participantes, com um apreciável número de mergulhadores recreativos.

Os dois dias foram preenchidos por comunicações, tendo o evento terminado com uma visita ao Centro de Medicina Subaquática e Hiperbárica, do Hospital no Campus de Saúde Militar. As apresentações foram apelativas e abordaram áreas tão diversas como a Segurança, Técnicas, Expedição, Arqueologia ou Espeleologia. Os oradores tinham proveniências diversificadas, incluindo dois oradores espanhóis. Dois elementos da XploraSub apresentaram comunicações. Manuel Leotte proferiu a palesta “Uma Epifania num Naufrágio”, relacionada com a recuperação de vítimas num naufrágio na Nigéria, ao largo de Escravos, enquanto Armando Ribeiro proferiu palestras sobre diversas expedições que realizou e ainda (com Pedro Lage) sobre a sua expedição ao Britannic, o navio gémeo do Titanic.

Diversas empresas, centros e escolas de mergulho apoiantes sortearam saídas de mergulho, enchimentos, tempo de piscina e equipamento entre os participantes.

Durante o evento teve também lugar uma exposição fotográfica por diversos fotógrafos subaquáticos de nomeada (incluindo Armando Ribeiro e Rui Luís, da XploraSub), mostra que durante três meses correrá espaços públicos na Freguesia de Carnide.

Diversas empresas, centros e escolas de mergulho apoiantes sortearam saídas de mergulho, enchimentos, tempo de piscina e equipamento entre os participantes.

Durante o evento teve também lugar uma exposição fotográfica por diversos fotógrafos subaquáticos de nomeada (incluindo Armando Ribeiro e Rui Luís, do XploraSub), mostra que durante três meses correrá espaços públicos na Freguesia de Carnide.

 

LUSOTEK’ 2018 – 3a LUSO CONFERÊNCIA DE MERGULHO TÉCNICO

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SIGLAS 

AESDA - Associação de Estudos Subterrâneos e Defesa do Ambiente 

CINAV - Centro de Investigação Naval 

CPAS - Centro Português de Atividades Subaquáticas 

GEPS - Grupo de Estudos e Pesquisas Subaquáticas 

GES - Grupo de Exploração Subaquática 

NAS - Nautical Archaeology Society 

NEUA - Núcleo de Espeleologia da Universidade de Aveiro 

SAGA - Sociedade dos Amigos das Grutas e Algares 

Alviela
Moinhos Velhos
LusoTek 2018
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