Cave Diving - Pena
Atendendo a que alguns dos intervenientes estão em formação como espeleo-mergulhadores (curso iniciado em Março de 2006 no México), esta imersão constituiu um bom treino, servindo de adaptação à realidade das cavidades nacionais.
Esta é uma gruta, na sua maioria, bastante ampla e sem grandes dificuldades de progressão. Inicia-se num poço com cerca de -17m de profundidade, em cujo fundo está localizada lateralmente a entrada para a galeria. Ao longo desta podem-se observar formações muito interessantes (bandeiras, estalactites, estalagmites, e meandros escavados pela erosão), que fazem dela uma gruta de alguma beleza. A galeria vai depois subindo, havendo que ultrapassar uma pequena restrição para chegar ao seu término (a -5.5m). Aí, subindo, acede-se a uma sala bem decorada, onde podemos emergir, embora em meio pressurizado. Se optarmos por descer, espera-nos um poço disposto em espiral, que atinge os -34m e donde se pode partir para outras secções da gruta.
O mergulho propriamente dito decorreu com normalidade, sem corrente e com uma visibilidade razoavelmente boa, tendo sido atingido o fundo do poço referido, após o que retornámos.
Até onde penetrámos a gruta já estava equipada, pelo que nos limitámos a seguir o fio guia. Este estava contudo algo danificado, nomeadamente na parte final, pela forte corrente devida à elevada precipitação que se tem verificado ultimamente. No Verão as galerias encontram-se a seco, enchendo-se no Inverno. Após as primeiras chuvas, a lavagem de algum sedimento e o abrandamento da corrente ficam óptimas para mergulhar, o que contudo só deve ser feito por mergulhadores qualificados para tal.
Texto: Nuno Sousa
Intervenientes: Nuno Sousa, João Pedro Freire, Pedro Ivo Arriegas
Fotos e video de: J.P.Freire