O meu Mar Vermelho Top 5
Texto/ Fotos: Manuel Leotte
Publicado em: Mundo Submerso (Maio de 2006)
1) SS Thistlegorm – Sha’ab Ali
Apesar da grande logística e responsabilidade que é levar em segurança, pessoas a mergulhar e penetrar no “Thistle, um autêntico Museu Subaquático, nunca me canso de “guiar” neste naufrágio. A viagem no tempo, a atmosfera fantástica, o regresso ao cenário da 2ª Guerra Mundial e toda a intensa vida marinha à volta deste recife artificial, deixa-nos poder qualificar este mergulho, como um dos melhores que se pode fazer a Norte do Mar Vermelho.
2) Shark Reef & Yolanda Reef – Ras Mohammed
Os milhares de “Snappers” virados para a corrente, tiram luz ao recife. No azul, o movimento do cilindro de Barracudas, que escondem por vezes os famosos “Silky Sharks”...Um espectáculo de fazer perder a noção do tempo. Um dos meus mergulhos favoritos. Mais à frente, a corrente leva-nos a um verdadeiro aquário natural, que é o plateau de Yolanda Reef, acabando no insólito cenário das famosas retretes deste “reef”.
3) Back of Jackson Reef – Tiran – Tech Dive/Wreck Dive
Começamos com todo o planeamento nos dias anteriores, equipamentos, gases(Trimix), tempos de fundo(20 min), descompressão...o nervoso de um mergulho fundo e em naufrágio(LARA 1982)...Saltar do barco com 4 garrafas agarradas a nós...Visibilidade de mais de 50 metros e uma enorme estrutura que escorregou pelo recife e se imobilizou num fundo a 85 metros. A corrente podem ser forte, mas o “drift” pelo enorme hélice e leme, passando pela super estrutura, ainda intacta e completamente coberta de coral, convida a uma visita ao seu interior...
4) Thomas Reef Canyon – Tiran – Tech Diving
Saltando numa parede que acaba num “plateau” a 35 metros, e visualizando o inicio de uma falha no fundo, o destino do nosso mergulho já se deixa adivinhar. 3 arcos ligam um lado ao outro do “Canyon”. A luz mais fraca faz querer olhar para cima e ver a superfície a mais de 60 metros de nós...A vida, pouco visitada por mergulhadores...garoupas enormes totalmente estáticas, deixam-nos aproximar. Continuamos a descer, fundo de areia, 95 metros...uma Catedral debaixo de água...
5) Ras Za’atar – Ras Mohammed
Um maravilhoso “drift” numa parede coberta de coral mole. De repente um pináculo enorme com um coral mesa de 3 metros de diâmetro e uma gorgónia de igual tamanho, a vida acontece, nuvens de peixes vidro, “Siver backs”, nas suas habituais danças sincronizadas. Uma explosão de Anthias e de todos os pequenos habitantes dos recifes, nas paredes e nos “over-hangs” que se seguem onde se pode quase sempre, observar tartarugas, e até por vezes mantas e também no azul os tubarões martelo.